domingo, 28 de dezembro de 2008
Ser tua?
Ser tua vida?
Ser tua morte?
Simplesmente ser
Pulsar
Viver
Sofrer
Rir
Amar
Se encolher
Querer um abraço
Abraçar
Morrer
Viver
Dormir
Sonhar
Calma...
Silêncio
A moça dorme um sono tranquilo...
Silêncio
Viajar....
Luix
Amor, amar
Amor, amar, amar, amor
E a chuva caía
E eu lá tão solita
Sem guarda- chuva
Esperando a chuva passar
Encostada naquela antiga porta
Que ficava naquele antigo prédio
Naquela antiga rua
Do antigo bairro
Da cidade cinzenta
Tudo era cinza
Só minha saia era verde
Verde erva- doce
Tão linda
Tão Brasil, toda de algodão e crochê
Toda molhada
A moça passa pela porta e me mira sorrindo
Vai até aquele apartamento?
Eu respondo, não, eu já fui, agora é hora de ir...
E a chuva aumentou
Eu disse a moça que iria esperar a chuva passar
Mas a verdade é que estava sem forças para andar
Encostada naquela antiga porta
Depois de tantas revelações minhas
Depois que o olho- lago negro apertou o cantinho de surpresa a cada palavra minha
A resposta foi única
Me mirou e disse...¨É hora de ir...¨
Resgate de tantos séculos, tantas histórias, tantas visões que me vieram
Eu mirei seu olho de lago Negro e coloquei a ponta do pé, não, não estava frio
Mergulhei no lago, voltei, senti muitas sensações de confiança, vi muitas cenas, senti aromas,
Vi uma bruma muito de leve que consegui espantar, sorri e voltei aonde estava, ali, ao alto daquela escada com que sonhei tantas vezes...
Ao alto da escada sorri de leve, como ele, era a nossa despedida, eu o tinha conhecido, houve a dissolução, ele me mirou, ele sentiu, ele me libertou...
Veio essa frase em minha mente...ele te libertou...
Fiquei me perguntando do que? Porque o elo espiritual é fortissimo...
Me pergunto se a liberdade é a de aprender a confiar, me entregar a um trabalho emocional sério, e me firmar, a liberdade de confiar amando, porque amamos quem confiamos...
Sim o amor- confiança foi o que me libertou!O elo existe, de longo tempo, desde que ele me abandonaste naquela casa branca de campo e foi embora falando que voltaria...
E eu logo que o vi pela primeira vez sabia, e eu logo que o conheci agora nessa vida sabia que ele voltaria e me resgataria de alguma forma e fez!E como eu o amo por isso!
Gracias por tudo!
Bom, voltando ao alto da escada ele se virou e eu me virei meio que não acreditando naquilo , na despedida mas era fato!
Só sei que enquanto estava esperando a chuva passar encostada na porta antiga, ouvi a musica Atras da porta- de Chico Buarque, tão triste fiquei..., então tomei coragem e fui embora, enfrentei a chuva e consegui um taxi no meio da rua, um milagre!
Eu estava ensopada, a saia grudava nas pernas, coloquei meu casaco e mirei o vazio...
O taxista um senhor simpatico perguntou porque eu estava daquele jeito, quieta.
Aí eu respondi que estava triste e só!
Aí o taxista disse que por me ver tão triste se não fosse a chuva, me levaria para almoçar e me levaria até Campinas.
Agradeci, tinha umas bolachas na bolsa, comi e ele me deixou na rodoviária e disse...Boa sorte!
Eu falei...pra ti tambem!E fui correndo comprar minha passagem e vir para Campinas.
Cheguei em casa tomei uma sopa, banho quente e cama!
Deitei e pensei...Vou sentir saudades, mas ele esta comigo onde eu for...aí sorri e dormi encolhida.
Esta não é a historia toda...um dia eu conto...
Besos
Luix
Escrever, escrever, e escrever...
Entaun...
Flores...
Ele...Rimbaud
sábado, 27 de dezembro de 2008
Atrás da porta...
Chico Buarque
Composição: Francis Hime/Chico Buarque
Quando olhaste bem nos olhos meus,E o teu olhar era de adeus,Juro que não acreditei, eu te estranhei.Me debrucei sobre teu corpo e duvidei,E me arrastei e te arranhei,E me agarrei nos teus cabelos,Nos teu peito, teu pijama,Nos teus pés ao pé da cama,Sem carinho, sem coberta,No tapete atrás da porta,Reclamei baixinho...Dei pra maldizer o nosso lar,Pra sujar teu nome, te humilhar,E me vingar a qualquer preço,Te adorando pelo avesso.Pra mostrar que ainda sou tua...
Linda música que ouvi encostada em uma Porta antiga, em um bairro antigo, e nesse dia chovia...dentro e fora de mim...Nunca gostei de despedidas.
O meu corpo estava molhado, senti frio, a saia verde colava em minhas pernas, eu estava sem guarda- chuva, e comecei a andar em vez de correr, aceitei aquela chuva em meu corpo, como se estivesse liberta de algo, mas chorando por dentro, de lembranças de vidas , vida essa, outras vidas, ainda não sei...
O último olhar naquele lago negro, como o meu, que apertava o cantinho do olho a cada revelação minha.
Lago negro de ponta a ponta ouroboros, sonhei com esse simbolo que quer dizer eterno retorno, a eternidade...
O circulo ouroboros...
Eu sonhei
Sonhei tambem com as escadarias e com o auxilio que receberia ali
Sonhei com a camisa colorida e com o chá
Eu sempre com alimentos, alimentando e sendo alimentada, sem ninguem pedir nada
Porque ali cada um tem seu anjo e não precisa de proteção um do outro
O que se confirmou foi um elo de confiança belo
Pensei tudo isso no caminho do táxi até a rodoviária, ainda anestesiada com a historia toda
Eu mudei, hj pinto borboletas e tomo remedios e começo novo ciclo, ouroboros, o eterno retorno
Hj escutei essa musica atras da porta, como Chico consegue? traduzir o receio da dissolução ou separação de duas pessoas assim? Fantástico.
E o elo espiritual separa?Creio que não...é muito forte...
Só sei que o amor confiança ficou em mim, o ano está a começar e vamu que vamu, eu, meus remédios, minha saia verde, minha religiosidade e quem sabe ele venha...
Pintarei borboletas rodopiantes de tanta alegria, porque a visita de alguém que está em sua vida a long time é sempre uma comemoração!
E se ele quiser vir...estou aqui...se não vier,ele está aqui de qualquer forma, sempre esteve...
Luix
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Mas...
domingo, 14 de dezembro de 2008
Solaris
Dylan Thomas
Solaris
Como elas...
Como elas se sentiram?
Tristes, ansiosas, sem esperança, abandonadas, ou presas
Como elas se sentiram?
Solitárias
Elas viam as pessoas, as ouviam?
Elas tomaram ópio?
Como elas se sentiram?
Como OPhélia, Lady Shalot,Ana Karerina
Como se sentiram?
O que enxergaram?
Ou não viam nada!
Como se sentiu Ophélia amada e não amada
Como se sentiu Lady Shalot vendo através de sombras e espelhos
Como se sentiu Ana Karerina insegura diante do amado e tendo o ópio como o melhor companheiro
Sim o ópio
Os Remédios de Rheya em Solaris, o melhor companheiro
Para se tirar a agonia, não há nada melhor, nada melhor
Tomar remédios e pintar, ouvir uma bela música
Se ver como a um espelho, um remédio?Uma sombra de você mesma, um fantasmas muitas vezes estranho de se mirar.
De certa forma um remédio, porque tu fala e coloca pra fora muitas coisas, apesar de muitas coisas que saem de sua boca tu não esperava falar e nem ouvir.
Aí vem a catarse, você está na boca do furacão.
Você não quer ouvir aquilo e nem pensar, aí tu tampa os ouvidos como Rheya em solaris, porque é demais pra vc, é de mais pra uma pessoa de sensibilidade duplicada, aí só os espiritos para acalmar.
Para fugir tu te sentes uma ophélia com flores nos cabelos nas águas cantando, ou lady Shalot nas águas boiando cantando...
Sinto que Ana Karerina cantava tambem, uma melodia que fica dentro da cabeça de leve e repetitiva que te consola, como um transe, agora entendo porque todas elas cantavam na hora da passagem...na hora da libertação delas...
Todas as mulheres cantam...de alegria, tristeza, para seus filhos, entes queridos doente, para si mesmas, a canção acalma e liberta, água que cai e liberta, a água da vida.
Luix
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
A Zonza
A borboleta zonza pela cidade
Enxerga e não enxerga
A borboleta zonza não sente nada
Por isso ela fica borboleteando
Porque ela não sente nada
Mas ela sorri ou fecha a cara
A borboleta dorme
A borboleta sorri
Inocênte borboleta, não sabe de nada, não sabe de nada
Ela está por aí...
Luix
*Ela ainda toma ópio?ououououou, será?
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Confiança
Algo muito importante
Se tu não tiveres confiança em algo ou em alguém
Tu tá perdido meu irmão
Ferrado mesmo
Porque daí tudo perde o sentido
E a revolução em seu coração não rola
E ela como diz aquele amigo de ontem
A revolução não será televisionada
Não será
A revolução maior dentro de seu coração
Não será mesmo
Será sentida por ti no mais alto grau, ou devagar dependendo de como vc estiver
Lembre- se sempre do mar
De sua altivez e confiança
Ele se impõe poéticamente
Por isso que eu o amo
O mar...
Luix
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Frida
Me falam de Frida
Sim Frida
A arte como meio de suportar o dia a dia
Sim
É possível
Suportar caveirinhas de açucar de várias cores
Que ganhei e faço coleção
Tenho uma de cada cor
No México significa morte? vida?
Não sei
Mas, gosto de caveirinhas de açucar
E quando eu morrer, pensarei como Frida
Espero nunca mais ter que voltar...
Só um vinho para aliviar isso aqui
Será por isso que Maria Esther bebia?
O vinho do vinho
Que nos diga os grandes poetas e suas bebidinhas
Luix
Sentindo...
Hj acordei
Por hj acordei
Estou sentindo que vou morrer
Morrer
Como diz a música
É tanta tristeza que vem...
Me sinto sentada na areia mirando o mar
O mar de fora e o mar de dentro de Lya Luft
A insuportabilidade do mundo
A insuportabilidade do corpo
A insuportabilidade
Comi um chocolate e não senti nada
Nem a calmaria, nem a alegria, nem o doce
Eu sou o ser que mais me sente
Sinto e sinto
Anestesia
Luix
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Pois é...
Hj tomei chocolate quente, me fiz um carinho, por hj, só por hj...
Luix
domingo, 30 de novembro de 2008
Entender?
Entender?Compreender?
A obra , a vida de Mendieta, de Galindo, de Woolf
Ah... desistam!
A dor delas, só elas entenderam ou não
Ou apenas sentiram
Suportaram ou não
Coragem
É assim
A dor de não saber a origem, de ser separada dos seus
De não se reconhecer
De não reconhecer seu corpo como seu
De não se reconhecer no espelho
A origem natureza, como falava Mendieta
A busca incessante pela origem
A origem...a avó que não deixou uma boneca
Como fala Galindo
O abandono que faz com que se abandone o corpo
Que não se olhe para ele
Como se quisesse se separar dele
Se separar
Sim, isso não se interpreta
Não se interpreta
Isso se sente
Cada um com sua história
Eu estou em fase silenciosa
As vezes raivosa
Uma gata ou uma onça
Posso agredir
Bater, selvagem
Mas não quero me agredir
Não mais
Quero silêncio
Por isso estou em uma caverna
Por isso estou aqui
A origem
Droga de origem
Uma droga
Que te corrói por dentro
Uma droga
Que droga
Que droga
Dilacerante
Calmante, calmante
Pintura
Música
Música
Música
Dos passarinhos, ou mantras
Um doce
Que se sente o doce ou não
O corpo
A prisão ou a libertação
A incompreensão
A inadaptação
A solidão
A Inação
A falta de razão
A loucura
A loucura
A sanidade
O fio da vida!
Luix
sábado, 29 de novembro de 2008
Silêncio
Silêncio
Sim, o silêncio
Acalma
Me sinto em uma caverna
Onde gostaria de ficar por longo tempo
Longo tempo
Mantras
Om,om,om
Sim em uma caverna
Que pode ser meu interior
Minha casa
A caverna
Recomeço a pintar aos poucos
Consigo sorrir pensando em pessoas amadas
Hj vi uma foto em que eu estava no colo de minha mãe, insegura diante do mundo
Sim, insegura
Ao fundo havia o mar, sempre o mar...
Tão lindo e intenso
Desse não tenho medo
Admiro sua imensidão, beleza e força
Gostaria de ser um pingo de mar
Um pingo de mar
Amo as ondas
Como as provações que temos na vida
Pulo, uma a uma
As vezes os olhos ardem
Mas depois passa
As vezes engolimos a água
Mas de pois passa
As vezes pisamos em algo desconhecido
As vezes encontramos conchinhas
As vezes tem seres sinistros
As vezes lindos
O mar é o mundo
O meu mundo é mar
Meu interior é o mar
Eu sou um mar...
luix ॐ
* O mar me leva...e me traz...,Me leva... e me traz...
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Performáticas
Mujeres, mujeres
Coragem
Galindo, Mendieta
Coragem, coragem
Mujeres
Ommmmmmmmmmmmmmm
Vamus hablar, Ommmmmmmmmm
Mundo podre
E aguentamos o tranco
Ou não
Ou não
Coragem Regina
Coragem Ana
Coragem
Mujeres- coragem
Ou não
Ou sim
Mujeres
Performáticas
Mujeres no mundo
Coragem, coragem
Luix
Muitos os enfrentamentos...Coragem, coragem!
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Por hj
Por hj vou viver
Por hj vou tomar chocolate quente e comer pão de mel
Por hj vou tolerar esse mundo
Por hj vou
Por hj vou sonhar
Por hj vou dormir
Por hj não terei medo
Por hj tomo remédios
Por hj me controlo
Por hj ouço flamenco
Por hj pinto
Por hj leio
Por hj caminho
Por hj vejo o sol
Por hj miro a janela
Só por hj
Por hj
Luix
Neurótica
Neurótica,
Psicótica
É ela?
É?
Neurose
Neurose
Neurótica
E a traça anda sobre o papel em branco
A traça é real
A barata sobre a comida
Real?
Ratos pelo corredor
Real!
A Mãe
O Pai
Real
Real?
O sangue
Real?
Não?
Aqui dentro do pulso
Pulsa?
Pulsa?
O que é real?
Solaris
O mundo?
O que?
Luix
Om
Om Mrthyoma Amritam Gamaya
Que saudade de meus pais...
Saudade
Vontade de estar com eles
Mas tudo tem a sua hora
Morte
Egocídio
O que?
Om Mrthyoma Amritam Gamaya
Delirio
O que?
Quem?
Tem sangue?
Dentro do corpo
Dentro
Ferida se fecha?
Sim
A ferida?
De quem?
Quem?
Lírios em mim
Água em mim
Em quem?
Em mim
Om Mrthyoma Amritam Gamaya
Ela não vai nascer
Não?
Delirio
Quem?
A água...
Luciana Pontes
domingo, 23 de novembro de 2008
Febre
Meu corpo está em febre
Arde em febre
Sinto frio
Mas estou feliz porque arrebentei os fios
Ariadne com os fios
Ariadne e sua teia
Muitos fios
Que se enrolam
Fios horriveis
Que arrebentei um a um
Detesto amarras
Nunca gostei
E a febre?
Esquenta, esfria
Muitos sons
Quero sentir
Não quero mais sangue
Não quero ferida
Quero água
Quero o mar
A febre...
Luciana Pontes
sábado, 22 de novembro de 2008
Agonia
Eita sentimento desgraçado, podre
Detesto isso
Aperta o peito e empurra o coração
Agonia é uma desgraça, te falo
Viver é uma agonia
Pelo menos pra mim nesse momento
Um aperto no peito
De emoções mexidas e remexidas
Céus
Quando isso vai passar?
Eu gostaria de voltar
Voltar
Luciana Pontes
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Garota
¨Quando você não quer sentir, a morte parece um sonho¨
Filme- Garota Interrompida, personagem Suzana
Não querer
Não querer sentir
Não entender o que se tem
Não se encaixar
No mundo externo e interno
O que tenho?
O que sinto?
Não sei...
Não sei...
Tu já se sentiu assim?
Eu?
Se eu já me senti assim?
Mas eu na maioria das vezes não quis sentir
Mas eu sinto
Me senti e me sinto assim
De repente eu me encaixo no meu mundo
Não me encaixo nesse mundo doído
Mas ele grita contigo e aí alguma hora você olha pra ele
E grita
Grita com ele
Grita
Grita o que nunca se gritou
Sente
Sente o que nunca se sentiu
Você
Grita!
Luciana Pontes
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Roleta
A vida é uma roleta russa
Quero me separar de meu corpo mas ele está comigo
Está cheio de segredos
Como a Vênus com gavetas de Dalí
Não se sabe de nada, de nada
Uma gaveta se abre e...surpresa!
Uma gaveta se abre e...
As gavetas de Dalí
Assim é o corpo
Assim é a vida
Não sabemos de nada!
Como diz o poeta
Eu não sou nada!
Estamos aí, respirando...
Até que a próxima gaveta se abra
Ou se feche...
O que acontecerá?
Não sabemos...
A vida é uma roleta russa...
Luciana Pontes
sábado, 15 de novembro de 2008
Minas...
Estou em Minas hoje
Muito bom sentir a brisa e ver o verde
Caminhar e caminhar
Tomar chá
Olhar as montanhas
Escrever e escrever
Sentir um pouco de Minas
Criar meu Solaris
Sobreviver
Respirar
Ouvir os passarinhos
As Maritacas
Ver o Cristo lá nas montanhas
Ter pequenas visões de bons momentos da infância
Poços de Caldas
Minas
Tem luz aqui
Estou tomando chá
Quente
Minas
É bom caminhar
Luciana Pontes
Egocídio
Egocídio ou suicídio?
Você morrer e renascer aqui nesse mundo
Você morrer e renascer em outro mundo
Você morrer e renascer em seu mundo
Solaris
Cada um tem seu Solaris interno e pode criar o externo
O seu mundo dentro do mundo
Sim no céu existem estrelas e sim bolhas de sabão são bonitas
Mas no mundo, temos que ver algo além de tudo isso, porque teremos provações
E quando elas chegam, não vemos as bolhas ou as estrelas...a visão é outra e difícil
Então saberemos que temos algo chamado resistência
Nascer e Morrer a todo instante para viver e resistir nesse mundo
Morrer, nascer
Nascer, morrer...
Luciana Pontes
domingo, 9 de novembro de 2008
Jogando fora...
Estou aqui jogando fora...
É possivel abafar o passado?
Ou deixar ele ali bem longe...
Não sei
Só sei que estou tentando
Me libertar de lembranças
Para que possa recomeçar...
Tinha tantas coisas aqui
Nessa casa, naquele quarto...
Tantas e tantas coisas
Pra que?
Pra que os bilhetes de minha mãe
Se ela não vai voltar
Por que a gente se apega assim
Não trará ela de volta
Não trará
Estou tirando caixas e mais caixas
E tudo vai para o lixo, tudo!
Tudo!
Luciana Pontes
sábado, 8 de novembro de 2008
Cortar fios...
A Mulher mira as paredes de sua casa cinza
Paredes nunca pintadas, congeladas, tempo parado desde a morte de sua mãe
Se agarrou a imagem da mãe que não existe mais fisicamente
A mulher e seus fantasmas
Mira os girassóis empoeirados da mãe
A velha máquina de costura da avó
Mira a foto do pai
Fantasmas da casa cinza
Casa em que se teve alegrias e tristezas
Tudo desmoronou
Ela quer respirar
Recomeçar
Tudo simples agora
Ela quer silêncio
Molha o rosto com água para espantar os medos e fantasmas
Ela não é santa
Ela não é imortal
Ela não
Ela é humana
Ela sente dor e alegria
Ela sente
Vinculos dolorosos foram vinculos que não a deixam cair
Vinculos são dolorosos?
Não deveriam ser
Formar vinculo é doloroso?
Para ela é
O normal seria não ser?
Doloroso?
Não deve ter medo porque tem forças que a protegem
Solidão
Depressão, existe inferno na terra!
E se não se apegar a algo, tu morre
Morre duas vezes corpo e alma
Morte de dois mundos em um mundo
Escrever desabafa, por isso a mulher escreve
Mirror
Ela está lá se arrastando e tudo caindo e caindo
Ela está lá imobilizada na cama
Existe inferno maior?
A dor da alma
Mirror
Mas, o canto do pássaro é inevitável
O que está, já é
Passou a tormenta, e tem que ter fortaleza porque a vida está cheia delas
Mirror, mirror
Ela se olha no espelho , água em seu rosto
Olha suas mãos que ainda não estão envelhecidas
Mirror
Procura ajuda e encontra
Deus a vê, a escuta
A luz do sol entra
Ela anda lentamente
A mulher que surge
Um dia todos iremos depender dos outros
Talvez na velhice...
Nesse dia, nem enxergaremos sua face, ou ouviremos suas vozes
E eles estarão ali, ao seu lado
Veremos então que o amor é amado
Veremos o quanto somos humanos, e o quanto isso aqui é real
Aprendizado...
Luciana Pontes
A menina que se foi...
Menina das águas
Menina Ariadne
A menina se foi...
Enxergou o lado dificil e doloroso
Se foi
Se foi com as águas
A menina Ariadne
A mulher surge
A mulher Ariadne
Surge
E é doloroso
Ver a menina que se foi...
Mas ela tinha que ir
Para que ficasse a mulher
Para ter fortaleza e sobreviver no mundo
Esse mundo dificil
Se não tive fé
Se não pedir ajuda...
A menina se foi...
Quem fica?
A mulher
Luciana Pontes
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Viva
Coldplay
Composição: Chris Martin
Viva A VidaEu costumava controlar o mundo,Os oceanos aumentavam quando eu dava a palavraE agora pela manhã eu me arrasto sozinho,Me arrasto pelas ruas que eu costumava mandarEu costumava jogar os dadosSentia o medo nos olhos dos meus inimigos,Escutava como o povo deveria cantar:Agora o velho rei está morto! Vida longa ao rei!Em um minuto, eu segurava a chave,Perto das paredes sob as quais fui cercado,E eu então descobri, que meus castelos se apoiavamSobre pilares de sal, sobre pilares de areia,Eu escuto os sinos de Jerusalém tocandoOs corais da cavalaria romana cantando,Seja meu espelho minha espada e escudo,Meus missionários em um campo desconhecido,Por algum motivo eu não sei explicarUma vez que você sabe, que nunca houve,Nunca uma palavra honestaIsso foi quando eu controlava o mundo.Foi um cruel e selvagem ventoQue fechou as portas e me trancou do lado de dentroJanelas destruídas e o som de tamboresAs pessoas não podiam acreditar no que eu havia me tornadoRevolucionários esperavamPela minha cabeça numa bandeja de prata,Apenas um fantoche numa corda solitáriaOh! Quem desejaria tornar-se um rei?Eu escuto os sinos de Jerusalém tocandoOs corais da cavalaria romana cantandoSeja meu espelho minha espada e escudoMeus missionários em um campo desconhecido,Por algum motivo eu não sei explicarEu sei que São Pedro não chamará meu nomeNunca uma palavra honesta,Mas isso foi quando eu controlava o mundoEu escuto os sinos de Jerusalém tocandoOs corais da cavalaria romana cantando,Seja meu espelho minha espada e escudoMeus missionários em um campo desconhecido,Por algum motivo eu não sei explicarEu sei que São Pedro não chamará meu nomeNunca uma palavra honestaMas isso foi quando eu controlava o mundo.
E li diz, e Saulo diz...Viva la vida
domingo, 2 de novembro de 2008
Mudanças...
Outro rumo...
Outra vida...
Recomeço...
Cortando o fio
Ariadne
Vê o fio
E caminha até ele...
Luciana Pontes
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Ariadne x Dionísio
Ariadne precisa de Dionísio
Mas ele precisa dela?
Quem precisa de quem
Ou ninguém precisa de ninguém
Ariadne existe?
Dionísio existe?
A história existe?
Qual é o fio que os levou ao encontro?
Fio- vida?
Ariadne- Ariadne
Dionísio- Dionísio
E o touro...
Ariadne mira Dionísio
Quem é você?
Por que você?
Por que eu?
Por que Ariadne e Dionísio?
O mistério da vida...
Luciana Pontes
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Agri- doce
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Amizade...
O que seria a vida da gente sem amigos?
Te digo, nada!
Quando eu disse para minha amiga li que estava doente...ela me disse...¨É?, pois não sinto que seja grave.Lú tem um médico que trabalhei com ele, vai nele!¨
Eu já estava com o diagnostico fechado pelo primeiro médico.Confiei em Li e fui ao doutor Walmir. Chegando lá ele me disse da suspeita da doença, e pediu um exame específico.
Fiz, e ontem foi a consulta. Ele abriu o exame e me disse...¨Luciana vc sabe o que são veias pérveas?, são veias desimpedidas, vc não tem nada! Tchau Luciana! Minha tia que estava comigo começou a chorar, eu fiquei sem reação e pensei...Padre pio, Nossa Senhora, Jesus!Gracias!
Se não fosse minha amiga- irmã Li...
Ontem aconteceu algo que marcará profundamente sua vida...
Ontem Saulo faleceu...
Um campanheiro de uma vida de Li, Vc mirava ele e via ela nos olhos dele, Mirava ela e via ele nos olhos dela...Dois em um Saulo-Li, Li- Saulo.
Me lembro na facul, ele ia buscá- la e sempre tão companheiro, sorriso largo, alegria, coração bom,olhos bons!Esse era Saulo, essa é Li!
O casal Hippie mais lindo que vi, a história de amor mais poesia, o casamento de Romeu e Julieta!
Quando ela entrou na igreja ao som dos violinos, vestida de julieta e rosas vermelhas nos cabelos, ele estava lá esperando ela no altar e chorando de emoção, ela entrava na igreja falando oi para todos...parecia que nem era o casamento dela, Li uma figurinha!
Os cafés da tarde na dona Ana,mãe de Li, nós ao redor da mesa e Saulo sempre sorrindo, alegre, um coração que não cabia nele!
Vieram outro dia em casa, ele disse...¨ Temos que fazer um mutirão para pintar sua casa Lú!¨,
Comeu bolo de chocolate, ¨Alto astral sua casa Lú!¨, Quando fiquei triste com a suspeita da doença, ele disse: ¨Nós amamos vc Lú!¨. Esse é Saulo-Li, essa é Li- Saulo.
Digo é, porque ele virou estrela, e estrela tá ali brilhando...não se apaga...
O que eu falarei para minha irmã- Li, amor é pouco pra dizer o quando os amo, vc, saulo,e toda familia, Li o que dizer?
Nossa senhora das graças...
Só posso lhe dizer isso!
Ela cuida e ampara ele lá no céu!
Ela cuida e a ampara aqui!A carrega no colo!
Não vou falar...¨Seja forte Li!, só falo chore Li!quando tiver vontade!Não somos fortes o tempo todo!¨
Minha amiga, conte comigo sempre, sempre e sempre!
Saulo, saudades...
A História de amor de vcs é mais linda que a História de Ariadne e Dionísio...
Intensa, pura, amor - sentir inominável!
Estou aqui...Conte comigo sempre!
Luciana Pontes
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Mire los ojos
Mirar los ojos
Dificil
Doído
Estou tentando
Vou conseguir
Mirar mis ojos
Luciana Pontes
Janelas abertas
Abra as janelas e deixe a luz do sol entrar
Eu abri...
E senti a luz em meu rosto
Eu abri
Eu respirei
Eu abri
Eu senti
A luz
Luciana Pontes
domingo, 26 de outubro de 2008
Passado
Não me lembro do passado
Fechei a porta
Não me recordo de nada
Uma suave lembrança, quase nada
Me lembro um pouco da fisionomia das pessoas
As vezes vejo
As vezes não
Fica desfocado
As vezes ouço
As vezes não
Me recordo de poucas coisas
Do rosto de minha mãe
De algumas pessoas
Poucas situações
Me lembro pouco
Tão pouco
Quase nada
Tão pouco...
Luciana Pontes
Olhar
Olhos de carinho
Olhos
Olhos de carinho
Bons olhos
Que bom
Bons olhos
Ela não se enganou
Bons olhos
Ela não se enganou
Não se enganou
Chá de erva- doce
Acalma
Por um momento
Acalma
Luciana Pontes
Fuga
Sim, Ariadne foge, se esconde em seus véus
Foge do mundo o qual ela não se adapta
Foge das pessoas que ela não aguenta ouvir
Dos barulhos que a insurdessem
Das luzes exageradas que a cegam
Das cores que a perturbam
Da agitação
Foge do mundo o qual ela sempre frequentou
Esconde as fotos do passado
Esconde as fotos de quem não quer ver mais
Para que não a vejam
Para que não reconheçam nela a tristeza que a invade
Ela reconheceu as trevas da alma
O pesadelo da noite
O corpo paralisado
A visão de fantasmas
O choro que vem do nada
O abraçar- se sozinha
O segurar o terço para se acalmar
O se enrolar na coberta para se proteger
Ariadne e seu fio
Sufocada
Ninguém vê
Ninguém sente
Só ela
Ariadne está por um fio...
Fio- limite
Fio
Luciana Pontes
Tem...
Tem horas que você simplesmente não sente
Simplesmente não enxerga
Simplesmente não fala
Simplesmente não mira
Simplesmente não sente...
Luciana Pontes
terça-feira, 21 de outubro de 2008
O Mundo de Ariadne...
Ariadne está cansada
Muito cansada
Ela tem uma chave dourada
Ela tem o seu mundo
Todo seu
De ninguém mais
Ela tem uma chave dourada
Tranca e abre a porta de seu mundo
Um portal
Ela está cansada, muito cansada
Tanto peso que a vida lhe impôs
Perdeu os mais queridos
Está com receio
Está com vontade de trancar a porta
Sempre, sempre
Assim, terá tanquilidade e paz
E quem sabe encontrará a leveza
Que tanto procura
Ariadne- menina
Ela está cansada
Ela está indo à porta com sua chave dourada...
Luciana Pontes
Solidão
A solidão, medo, angustia, sentimentos tão difícieis
Você tem vontade de sumir
E como dói
A ansiedade
A ansiedade do que poderá acontecer daqui a pouco
Tomo floral para me acalmar
Nunca me senti tão só
Tão frágil diante do mundo
Tão com receio da vida, e de seus sofrimentos
Até com receio de pessoas
Nunca me senti assim
Quando algo te tira o chão,
E como você quer que isso passe
Que termine
Que vá embora
Mas o tempo não é nosso
O tempo é de Deus
Não sabemos de nada
Apenas estamos aqui
Respirando...
Luciana Pontes
domingo, 19 de outubro de 2008
Pulp
“Não odeia isso? O quê? Os silêncios que incomodam. Por que temos que falar de idiotices para nos sentirmos bem? Não sei. É uma boa pergunta. É assim que sabe que encontrou alguém especial. Quando pode calar a boca um minuto e sentir-se à vontade em silêncio.”
Pulp Fiction
Abandonar- se
Abandonar- se
Quando um fato está consumado
Momentos na vida que recebemos a noticia de algo que não tem como voltar atrás
A morte de alguém amado, a doença, enfim
O fato está consumado
O que podemos fazer?
Chorar é bom, alivia
Eu escrevo
Cada um tem um modo de encarar
A natureza, a calmaria também é bom
Mas o abandono no amor, ainda acho o melhor dos abandonos
Frei Larranãga diz, quando existe a aceitação, um abandonar- se em jesus
Temos o silêncio e paz
Podemos nos abandonar, em uma pintura,
Podemos mirar o sorriso de um pequenino
Ouvir uma música bonita
Mirar uma linda paisagem
Sentir a natureza, o vento, a chuva
Ler bons livros
Abandonar- se no amor
Isso conforta, isso é colo
Sabe, no dia do meu exame senti minha mãe por perto, a compreendi e a amo ainda mais
Sabe , sou a Luciana e não sou, a realidade da vida vem com intensidade e de uma vez,
Não aos poucos
Mas algo eu faço e faço
Vou me abandonar e me abandonar em Deus
Só assim terei fortaleza
Isso é fortaleza
Isso é ter força
Me abandonar em Deus...
Luciana Pontes
sábado, 18 de outubro de 2008
Diagnóstico
Sim, a paciência de um trigal, temos que ter a espera de um diagnóstico...
Diagnóstico, palavrinha que significa espera, perseverança e fé
Pelo menos ao meu olhar
Quantas pessoas no mundo estão esperando por um diagnóstico agora
Que pode significar a morte ou a vida, pode significar a espera do que não se sabe
Quantas pessoas receberam um diagnóstico hoje
Quantas pessoas se abraçaram de alegria, alívio ou dor
Quantas estavam sozinhas
Quantas mães estavam com seus filhos
Quantas pessoas procuraram colo
Quandos médicos as olharam nos olhos
Quantos abaixaram os olhos
E a vida segue, segue e segue...
Coração bate, respiração forte
O corpo se movimenta e se movimenta
E que venha o diagnóstico
Luciana Pontes
Roberto Carlos
Composição: Roberto Carlos / Erasmo Carlos
Cubra-me com seu manto de amor,Guarda-me na paz desse olhar,Cura-me as feridas e a dor me faz suportar.Que as pedras do meu caminho,Meus pés suportem pisar,Mesmo ferido de espinhos me ajude a passar.Se ficaram mágoas em mim,Mãe tira do meu coração,E aqueles que eu fiz sofrer peço perdão.Se eu curvar meu corpo na dor,Me alivia o peso da cruz,Interceda por mim minha mãe junto a Jesus.Nossa Senhora me de a mão,Cuida do meu coração,Da minha vida do meu destino.Nossa Senhora me dê a mão,Cuida do meu coração,Da minha vida do meu destino,Do meu caminho,Cuida de mim.Sempre que o meu pranto rolar,Ponha sobre mim suas mãos,Aumenta minha fé e acalma o meu coração.Grande é a procissão a pedir,A misericórdia o perdão,A cura do corpo e pra alma a salvação.Pobres pecadores oh mãe,Tão necessitados de vós Santa Mãe de Deus tem piedade de nós.De joelhos aos vossos pés,Estendei a nós vossas mãos,Rogai por todos nós vossos filhos meus irmãos.
Linda música...
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
A ardente paciência de um trigal
Hoje você semeia um extenso trigal no campo.Ao voltar na semana seguinte, nada se vê: parece que o trigo morreu sob a terra.Duas semanas depois e tudo continua igual:o trigo continua sepultado no silêncio da morte.Mas, ao retornar quatro semanas depois, você observará com emoção que o trigal, verde e tenro, emergiu timidamente sobre a terra.Chega o inverno e o frio e até a neve castigam o trigal recém - nascido que mesmo sob esse enorme peso, sobrevive, persevera.Vêm as terríveis geadas, capazes de queimar toda a vida.O trigal não pode crescer e nem se quer respirar.Simplesmente ele se agarra obstinadamente à vida entre ventos e tempestades para sobreviver.
Desponta a primavera, o trigal começa a respirar e mais tarde começa a escalar a vida,lenta, mas firmemente. pouca diferença se percebe de um mês para o outro;parece que o trigal não cresce.
Mas ao voltar alguns meses mais tarde, com os olhos assombrados, você encontrará o espetáculo comovedor de um imenso trigal dourado, ondulado suavemente pela brisa. A que se pode comparar esse espetáculo?Ele se parece à esperança do mundo, ao simbolo de toda fecundidade.De onde vem essa maravilha?das noites terríveis do inverno.Por ter sobrevivido com uma obstinada perseverança nas longas noites de inverno, hoje temos esse espetáculo que nos faz chorar de emoção.
Frei Ignácio Larranãga-Transfigurações- Paulinas
Esse texto me acompanhou no dia de hoje...
Luciana Pontes
Um trigal...
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Nun vejo a hora...
Ah não vejo a hora de fazer meu exame
O tempo está passando rápido, ainda bem
Não vejo a hora deles me injetarem o tal do liquido brilhante
Depois disso vou a uma Wave, brincadeirinha
Assim saberei o grau e o tamanho do bicho dentro de mim
Para poder domesticar a fera, fazer o tratamento adequado e que Deus me ajude
Que Deus me ajude...
E ele já está ajudando, sei disso
Ariadne está perdida
A vida a leva, a leva
O medo vem e ela tenta dissolver
A solidão vem e ela tenta dissolver
Ela se vê no mar,
A onda a derruba, ela tenta se agarrar na areia que se desfaz
Ela fica ali, a onda vem e vai
Ela nunca sabe onde vai parar
Ou quando vai parar
Ela só quer silêncio e paz
Vai conseguir?
Pelo menos vai tentar, vai tentar
Silêncio e paz...
Luciana Pontes
Amanhã...
Amanhã é o dia do exame
Fiquei com medo
Quase não dormi essa noite
Vou começar a tomar o remédio homeopático
Sonhei com meu pai
Como sinto saudades
Como me sinto um passarinho frágil com medo de cair do galho
As vezes me sinto no mar, quando a onda te arrasta e você tenta se agarrar na areia e não consegue, a água te leva
Quando pequenina, me senti assim, fui ao mar e a onda quase me levou, tentei me agarrar na areia e ela se desfez...
Tomo banhos demorados pra ver se ganho energia
Amanhã vou imaginar que Maria segura minhas mãos
E ela estará segurando com certeza
A menina em mim está assustada
Peço a Deus que isso passe...
Luciana Pontes
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
O medo...
O medo bate na porta da gente, quando menos esperamos
E ele vem com tudo, implacável
A não aceitação também
A doença, você pensa, porque comigo? e não aceita, chora.
Aí vem a angústia, que gera o estado depressivo e a depressão.
Vou te dizer, fiquei assim, e foi o inferno em vida.
O peso insuportável.
Fiquei com medo de ficar sozinha e doente, paura mesmo.
Graças a Deus saí disso e estou me segurando como posso.
A oração e pessoas queridas ajudaram muito.
Enfrentar o medo é preciso para poder dissolver, não é fácil, mas é possível.
A minha vida em si ele, o peso, sempre veio e sempre busquei a leveza.
A dor da alma é a pior, ela vem e vai, vai e vem.
O floral ajuda, sou contra bolinhas.
Fase cavernosa, mas o que acalma , é o silêncio e paz.
Nessa fase, vejo tudo diferente, não suporto TV, não tem nada que acrescente.
Filmes, depende do filme, conversas fujo das negativas e de pessoas negativas.
Prefiro dar minhas aulas. Ficar na positividade com alunos. Conversas interessantes.
Música bonita, comtemplar as estrelas, ler bons livros, silêncio e paz.
Minhas orações na natureza tambem ajudam.Silêncio e paz, esse é o remédio.
Silêncio e paz!
Luciana Pontes
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
A...
A...vida
A...morte
Não compreendo
Apenas sinto
Acabei de receber a noticia da morte de uma mulher com câncer, descansou
Como imaginar as sensações , percepções, só elas que sabem
Maria Esther , mulher de Agrippino se for real o que li, optou por não fazer quimio
Deleuze, pelo que li, optou pelo suicídio
Dizem, mas morrer assim você é castigado..., mas também penso, sobreviver a tantas tormentas, isso é de pessoa a pessoa, só elas sabem o que se passa em seu coração, não podemos julgá-las.
Minha mãe optou pelo tratamento, mas contava de casos como de Maria Esther, pessoas que optavam pelo não- tratamento.
Essa moça que faleceu, sua vida foi de profundas tormentas e tratamentos.
Aí fico a pensar...o câncer, é o emocional da gente que faz?
E o que falar de Padre Léo, um homem que trabalhava suas emoções no dia a dia com oração.
Realmente pra mim, isso é um mistério
Como explicar uma pessoa que é maldosa e não tem tormentas maiores, ou uma que é bondosa e tudo cai sobre ela?
Minha mãe mesmo, achou que estava sendo julgada, eu pensei em julgamento, mas não é isso.
Pelo menos sinto assim, Penso que são obstáculos que temos que passar, para algum aprendizado.
E vou te dizer, estou aprendendo.
A...morte
A...vida
Morrer para viver
Viver para morrer
Eis o mistério
Luciana Pontes
domingo, 12 de outubro de 2008
Música
Mãezinha do céu, eu não sei rezar,Eu só sei dizer quero te amar,Azul é seu manto, branco é seu véu,Mãezinha eu quero te ver lá no céu,Mãezinha do céu, mãe do puro amor,Jesus é seu filho,Eu também sou,Mãezinha do céu, vou te consagrar,A minha inocência, guarda-a sem cessar,Azul é teu manto, branco é seu véu,Mãezinha eu quero te ver lá no céu.
Testemunho
Vou testemunhar, falar de Maria Santíssima em minha vida.
Desde pequenina, minha mãe cantava a música mãezinha do céu pra mim.
Achava linda...
Depois aprendi a rezar a ave maria, com muito amor.
Aprendi sobre as histórias todas, e assisti o filme sobre Nossa Senhora de Fátima, que emoção!
Depois sobre Nossa senhora de Lourdes e Nossa Senhora Aparecida.
Meu pai sempre cantava Romaria, eu ouvia encantada.
Aí vieram as dificuldades com a saúde, e me lembro de sempre imaginar maria segurando minha mão. É o que farei na sexta- feira em meu exame.
Quando soube da doença de minha mãe, câncer, a entreguei a Jesus e Maria.
E quando ela estava em estado terminal no hospital, e o médico disse que ela ficaria mais 15 dias em sofrimento, pedia a mãe maria que a levasse senão eu não rezaria mais uma ave- maria, fui mal educada.
E minha mãe faleceu aquele dia, as 18hs,uma benção, e falava da moça bonita que estava no quarto, imagino que maria, o padre Jonas fala que se somos devotos dela, ela estará conosco na hora da morte sim.Tenho em meu coração que ela estava ali.
Em todos os momentos, que faltava algo, ou durante a doença de minha avó e avô, ela estava lá, presente, dando força e alívio.
Esse ano perdi meu pai, e quando ele me dizia...Filha tá difícil..., eu falava dela pra ele de Jesus e Maria , ele assim se acalmava, e partiu em paz.
A divina providência também existe!Quando faltou dinheiro em casa, sempre aparecia algum trabalho extra e consegui pagar minhas contas, graças a Deus.
Agorinha mesmo estou em fase de transição na vida, e sei que ela já está preparando tudo pra mim, já está tudinho no jeito.Eu sei.
Meus amigos, o carinho derramado, é a mãe quem mostra e acolhe.
Todos os lugares que entrei, todas as pessoas que falei, lá estava ela e suas rosas e seu filho Jesus.
Se sinto medo, pela doença, penso nela, penso ... estou em seu colo e assim me sinto bem e segura.
Sei que Jesus está comigo.
Pegadas na areia.
Que ela, maria abençõe a todos, a mim ,tenho uma benção a cada dia.
Eu amo a mãezinha!
Obrigado por tudo Nossa Senhora, Mãe de Deus, obrigado Jesus!Obrigado Deus!
Luciana Pontes
Nossa Senhora!
Luzia Santiago- Canção Nova
Nós fomos feitos por amor e para amar. Quando amamos a Deus e ao próximo somos realizados, mas quando não amamos, vivemos frustrados, justamente porque a nossa essência é amor.
Deus, que nos criou por amor, e renova a cada manhã que desperta o Seu amor por cada um de nós, envia-nos hoje à missão de amar e fazer o bem, independente de quem seja.
"Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua força e com toda a tua inteligência; e ao teu próximo como a ti mesmo"! (Lc 10,27-28).
Jesus, ensina-nos a amar verdadeiramente ao Senhor e ao nosso próximo.
Jesus, eu confio em Vós!
sábado, 11 de outubro de 2008
Ariadne - Menina
Ariadne descobriu que ama
Sim, ela ama
Ela ama Dionísio
Porque ele traz leveza a sua vida
Ela tem um amor de menina
Um amor único
Um olhar de alegria
Pede colo e recebe colo
Um aconchego
Ariadne que se sentiu tantas vezes o abandono
O abandono
Ela se abandona no amor agora
Porque assim se sente mais segura
Dionísio, até a eternidade ela o ama
Um amor lindo e puro
O corpo não importa
Sim o espirito
Trancendente amor
Tão intenso amor
Que ela se deu conta agora
Como uma menina que acha uma linda conchinha do mar escondida na areia
Dionísio obrigado por tudo
Dionísio gracias
O amor desinteressado
O amor essência de verdade
O sentir inominável
Esse é um carinho para o coração machucado da menina
Um curativo de carinho
Que alivia
Um bálsamo
Ela agradece a Deus por ele existir
O amor, e Dionísio
A leveza...
Luciana Pontes
A Menina...
A menina gosta de desenhos
Adora assistir desenhos bonitos
Sempre gostou de desenhar também
Desde pequenina gostava de pintar
Água e cores
Ficava lá no chão desenhando e pintando
Em seu mundo de fantasia
Onde haviam princesas e principes
Ouvindo o disco de vinil rosa que tocava ¨sapo cururu¨
Ela desenhava na mesa de centro da sala
Nas paredes da casa com giz colorido
Depois passou a ilustrar seu diário e trabalhos de escola
E finalmente começou a pintar suas aquarelas, quadros
Ela sempre foi artista
Hoje ela pinta o mar, aquarela- mar
Céu estrelado
Ela ama ensinar, uma aluna dela com câncer não podia pintar com tinta á óleo e passou todo tempo de tratamento de quimioterapia pintando aquarelas, e ela ficou feliz!
A pintura sempre foi um mundo seguro, onde ela, a menina podia desabafar
Agorinha mesmo ela pinta, para deixar um pouco as tristezas de lado
Ama pintar estrelas e estrelas, hoje ela imaginou uma chuva de estrelas em seu rosto, estrelas ficariam em seus olhos e cabelos...
Hoje amigas queridas fizeram café da tarde e fizeram a menina rir
O que seria da vida da gente sem amizade? Te digo, Nada
A menina brinca com seu diadema de estrelas na cabeça, sete estrelas
A menina ama Dionísio, o tem no coração...
A menina agora vai dormir...
Luciana Pontes
Counting Crows
Composição: Adam
Desvanescendo tudo para preto e azulVocê se parece muito com você;Fragmentada num piscar de olhosVocê continua navegando adiante...;Todas as vezes que você diz estar aprendendo você se parece mais comigo;Pálida abaixo do céu empolado Branco e vermelho Preto e azul;Você tem esperado muito tempo,Você tem esperado muito tempo Para cair de joelhos ,Cortar suas mãos,Se cortar até sangrar,Adormecer ao meu lado;Espere que todos vÂo embora,E em um quarto escuro onde você não tenha nada para esconder,Despeça-se Diga a você mesma que vai ler um bilhete que diz"Me desculpem todos, eu estou cansada de não sentir nada. Adeus";Lave seu rosto, seque seus olhos,Porque você tem esperado muito tempo,Você tem esperado muito muito tempo,Para cair de joelhosCortar suas mãos,Se cortar até sangrar,Adormecer ao meu lado,Tenho um sonho em que estou caindo no meu rosto; Arranho meus joelhos,Arranho minhas mãos até elas sangrarem,Porque você adormeceu rapidamente ao meu lado...Ao meu lado...
E diz...
Escrever, respirar, escrever...
Escrevendo, escrevendo pela vida
Esse dom, é meu
Essa é minha forma de preservar minha vida e ilusões
Ninguém me tira
Sonhos românticos os tive desde pequenina
Não realizei nenhum,
Mas sempre escrevi, sonhei e vivi através deles
Sonhos com príncipes de carne
Fantasmas que estavam ali
Não me entreguei a nenhum amor
Talvez por não me sentir tão amada quanto gostaria
Uma ânsia de amar e ser amada, desde pequenina
Uma menina abandonada que não queria mais se sentir assim
Abandonada
Mas algo sempre me fez respirar, escrever
A escrita alivia, você se dissolve nela e ela em você
Ela te alivia nos momentos de ansiedade, medo, ou loucura
Sempre vi ratos pela casa, ratos de verdade, não ilusões esquizo
Sempre vi chagas em meu corpo, essas eram ilusões tão reais que me encolhia e chorava
Doenças na carne , tive desde pequenina, curada uma a uma, mistério de Deus
Doenças na alma, curadas uma a uma espiritualmente, as vezes elas voltam, as feridas
Aí rezo, o curativo se faz e elas não ficam lá, sangue escorrendo
Mais uma doença apareceu, talvez provocada pela alma ferida, pensei em morrer, até imaginei como isso se concretizaria, mas quem quer morrer não pensa, morre
Então rezei, rezei e rezei, tive auxilio, e resolvi viver, simples assim
Como viver? Aí veio em meu coração, escrever e ajudar enquanto puder, doentes de corpo e alma, eu sei o que é isso na carne e sei o quanto um sorriso, um abraço apertado é um remédio poderoso.
Resolvi viver, me encolhi em posição fetal e mirei os olhos do pássaro morto, como Virginia Woolf no filme ¨as Horas¨, só que o pássaro que eu mirei se mexeu e ressuscitou.
Resolvi andar enquanto puder, mesmo com meias apertadas ou faixas compressivas ou pernas estranhas, pois mesmo que eu estiver em uma cama, sempre haverá um meio de escrever,e assim estarei viva!
Escrever é maravilhoso, sim sou uma escritora e serei até quando Deus quiser, contarei histórias de amor, alegria, testemunhos de vida, falarei de meu assunto predileto Ariadne e Dionísio.
De arte, vida , Deus, A familia sagrada que amo tanto, vou estudar, trabalhar e seguindo a psicodelia que é essa vida!
Luciana Pontes
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Respirar...
Ela precisa dele, mas o que ele poderia fazer, além de respirar com ela...silenciar com ela...
Ele respira com ela..., ele respira ela...
Ele é ela, ela é ele...
O mistério...
Mistério...
Luciana Pontes
Dissolver e amar...
Ariadne
Dionísio
Um é espelho do outro
Um se dissolve no outro
Um se dissolvendo no outro
Separação ou união?
Corpo e alma
Se separam?
Pulsante
Respiram
Um ouve a respiração do outro
Sintonia
Eu respiro
Você respira
Ariadne - alma
Dionísio - leve
Ela precisa dele
Ele precisa dela?
Olhos respiram
Respiram
Coração respira
Respira
Corpo respira
Olhos- alma
Dionísio...
Luciana Pontes
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Repousar
“…assemelham-se a alguém que dormiu muito, sonhou e ainda não despertou inteiramente” (Santa Teresa).
Hoje fui ao grupo de oração
Fiquei muito feliz lá
Me deu uma paz
E quando rezaram por mim
Repousei no espírito
Silêncio e paz
Me senti no colo da mãe Maria
Falei palavras de minha alma
Falei palavras de meu coração
Ouvi e vi
Silêncio e paz
Amparada por mãos
No colo Maria
Ali estava a moça
Lágrimas de alegria
lá caíram
Esqueceu de sua condição
Despreocupada de mim
Preocupada com os outros
Como diz Ignácio Larrãnaga
Despreocupada de mim
Repousei hoje
Alguns minutos
Que foram tudo
Minutos de amor
O amor amado
Repousei hoje das aflições
Me senti segura e amparada
O senti por perto
O amado
Me senti muito amada
Ali estava alegre
Ali estava a luz
Hoje eu repousei no amor
Hoje eu repousei no espírito
Gracias Senhor
Gracias Maria
Gracias Pai
Luciana Pontes
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
As...
Esses dias estão sendo de profunda entrega
Ariadne quer se levantar sempre, porém precisa de ajuda
A ajuda não é daqui
A ajuda é espiritual e intensa
As vezes passamos por situações que as pessoas não tem o que dizer
Mas o silêncio já se faz companheiro
No filme Pulp fiction tem uma cena que é interessante
As duas pessoas ficam em silêncio...e a moça diz que quando há um silêncio, é porque a outra pessoa é importante, acredito nisso
Ariadne também tem ajuda daqui, pessoas amigas, e fica grata
Semana de profunda entrega espiritual
Depois da perseguição, quase destruição, a qual teve auxilio, vem outras etapas
Ariadne vai lutar pela vida, e por viver
Ela viu o que a moça está passando e se identifica
A moça foi ao médico, outro médico
Na sala de espera viu a outra mulher com um livro sobre Padre Pio nas mãos
Sorriu...
Quando a moça foi embora, esperando o elevador viu duas cadeiras de roda
Uma em que estava um senhor com uma perna amputada como a de seu avô, e uma cadeira de roda que ia...
Na cadeira de roda que ia...uma senhora chamada Gertrudes, a moça sorriu e a senhora devolveu o sorriso lindamente, a filha dessa senhora virou- se para a moça e disse...¨Ela vai amputar a outra perna...¨, a moça ficou com vergonha de suas fraquezas, vendo aquela senhora sorrindo lindamente, mesmo sabendo que amputaria sua perna...
No ponto de ônibus a moça chorou...¨consolar que ser consolado...¨, sentiu na carne o verdadeiro sentido da frase na carne.Resolveu viver, confiar.
Ariadne sorriu...
No outro dia o receio a invadiu e se agarrou a Dionísio, mas o que ele poderia fazer?
Apenas respirar junto com ela, ela é a alma dele.
No outro dia a moça foi em mais um médico, tiróide, que lhe disse...¨e não é que vai ter que furar!¨
A moça faz punção na garganta a anos, agulhas na garganta, meias nas pernas, e ela enfrenta
Logo terá agulha na virilha ou pés, líquido estranho no corpo, exame para saber como estão suas pernas...
Ela teve receio mas pensou..., farei como desde sempre, imaginarei nossa senhora segurando minha mão.
Ariadne mira atenta...
Hoje a moça foi a procura de paz, encontrou..., duas Marias a atenderam, conversaram com ela e deram força espiritual...ela disse...¨Jesus falou que está mais perto dos doentes¨, e elas disseram...¨Ele a ama como você é!¨, e ela ficou feliz... e se lembrou quando ouviu a frase no filme da vida de Padre Pio...¨Jesus perto dos doentes...¨.
Ariadne está sozinha, Dionísio se foi, se ele ficasse não saberia como agir, as mulheres são fortes, ela enfrentará.
A moça se sente mais forte e toda vez que tiver receio lembrará do olhar dele, e o olhar dele...
Ela se lembra da frase de Santa Terezinha que diz que Deus dá coragem em proporção ao sofrimento. A moça tem o espirito batalhador e o corpo também.
As pessoas a miram e falam...tão moça..., mas e os pequeninos nos hospitais?
Dionísio é o espelho de Ariadne, urgência - espelho- alma,ela o quer longe- perto, é preciso dissolver...
A moça está andando de um lado para o outro com fé. Deus a ajude!Ela crê nele!
Ariadne a consola.
Luciana Pontes