domingo, 30 de novembro de 2008

Tentativa

Tentar

Tentar, tentar, fazer as pazes com meu corpo...
Meu corpo...
O corpo

Luix

Entender?

Entender?

Entender?Compreender?
A obra , a vida de Mendieta, de Galindo, de Woolf
Ah... desistam!
A dor delas, só elas entenderam ou não
Ou apenas sentiram
Suportaram ou não
Coragem
É assim
A dor de não saber a origem, de ser separada dos seus
De não se reconhecer
De não reconhecer seu corpo como seu
De não se reconhecer no espelho
A origem natureza, como falava Mendieta
A busca incessante pela origem
A origem...a avó que não deixou uma boneca
Como fala Galindo
O abandono que faz com que se abandone o corpo
Que não se olhe para ele
Como se quisesse se separar dele
Se separar
Sim, isso não se interpreta
Não se interpreta
Isso se sente
Cada um com sua história
Eu estou em fase silenciosa
As vezes raivosa
Uma gata ou uma onça
Posso agredir
Bater, selvagem
Mas não quero me agredir
Não mais
Quero silêncio
Por isso estou em uma caverna
Por isso estou aqui
A origem
Droga de origem
Uma droga
Que te corrói por dentro
Uma droga
Que droga
Que droga
Dilacerante
Calmante, calmante
Pintura
Música
Música
Música
Dos passarinhos, ou mantras
Um doce
Que se sente o doce ou não
O corpo
A prisão ou a libertação
A incompreensão
A inadaptação
A solidão
A Inação
A falta de razão
A loucura
A loucura
A sanidade
O fio da vida!

Luix

sábado, 29 de novembro de 2008

Silêncio

ॐ Silêncio ॐ


Silêncio
Sim, o silêncio
Acalma
Me sinto em uma caverna
Onde gostaria de ficar por longo tempo
Longo tempo
Mantras
Om,om,om
Sim em uma caverna
Que pode ser meu interior
Minha casa
A caverna
Recomeço a pintar aos poucos
Consigo sorrir pensando em pessoas amadas
Hj vi uma foto em que eu estava no colo de minha mãe, insegura diante do mundo
Sim, insegura
Ao fundo havia o mar, sempre o mar...
Tão lindo e intenso
Desse não tenho medo
Admiro sua imensidão, beleza e força
Gostaria de ser um pingo de mar
Um pingo de mar
Amo as ondas
Como as provações que temos na vida
Pulo, uma a uma
As vezes os olhos ardem
Mas depois passa
As vezes engolimos a água
Mas de pois passa
As vezes pisamos em algo desconhecido
As vezes encontramos conchinhas
As vezes tem seres sinistros
As vezes lindos
O mar é o mundo
O meu mundo é mar
Meu interior é o mar
Eu sou um mar...


luix ॐ

* O mar me leva...e me traz...,Me leva... e me traz...

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Performáticas

Performáticas

Mujeres, mujeres
Coragem
Galindo, Mendieta
Coragem, coragem
Mujeres
Ommmmmmmmmmmmmmm
Vamus hablar, Ommmmmmmmmm
Mundo podre
E aguentamos o tranco
Ou não
Ou não
Coragem Regina
Coragem Ana
Coragem
Mujeres- coragem
Ou não
Ou sim
Mujeres
Performáticas
Mujeres no mundo
Coragem, coragem

Luix

Muitos os enfrentamentos...Coragem, coragem!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Por hj

Por hj

Por hj vou viver
Por hj vou tomar chocolate quente e comer pão de mel
Por hj vou tolerar esse mundo
Por hj vou
Por hj vou sonhar
Por hj vou dormir
Por hj não terei medo
Por hj tomo remédios
Por hj me controlo
Por hj ouço flamenco
Por hj pinto
Por hj leio
Por hj caminho
Por hj vejo o sol
Por hj miro a janela
Só por hj
Por hj

Luix

Neurótica

Neurótica

Neurótica,
Psicótica
É ela?
É?
Neurose
Neurose
Neurótica
E a traça anda sobre o papel em branco
A traça é real
A barata sobre a comida
Real?
Ratos pelo corredor
Real!
A Mãe
O Pai
Real
Real?

O sangue
Real?
Não?
Aqui dentro do pulso
Pulsa?
Pulsa?
O que é real?
Solaris
O mundo?
O que?


Luix

Om

Om

Om Mrthyoma Amritam Gamaya
Que saudade de meus pais...
Saudade
Vontade de estar com eles
Mas tudo tem a sua hora
Morte
Egocídio
O que?
Om Mrthyoma Amritam Gamaya
Delirio
O que?
Quem?
Tem sangue?
Dentro do corpo
Dentro
Ferida se fecha?
Sim
A ferida?
De quem?
Quem?
Lírios em mim
Água em mim
Em quem?
Em mim
Om Mrthyoma Amritam Gamaya
Ela não vai nascer
Não?
Delirio
Quem?
A água...

Luciana Pontes

Om...

Om Mrthyoma Amritam Gamaya

domingo, 23 de novembro de 2008

Febre

Febre

Meu corpo está em febre
Arde em febre
Sinto frio
Mas estou feliz porque arrebentei os fios
Ariadne com os fios
Ariadne e sua teia
Muitos fios
Que se enrolam
Fios horriveis
Que arrebentei um a um
Detesto amarras
Nunca gostei
E a febre?
Esquenta, esfria
Muitos sons
Quero sentir
Não quero mais sangue
Não quero ferida
Quero água
Quero o mar
A febre...

Luciana Pontes

sábado, 22 de novembro de 2008

Agonia

Agonia

Eita sentimento desgraçado, podre
Detesto isso
Aperta o peito e empurra o coração
Agonia é uma desgraça, te falo
Viver é uma agonia
Pelo menos pra mim nesse momento
Um aperto no peito
De emoções mexidas e remexidas
Céus
Quando isso vai passar?
Eu gostaria de voltar
Voltar

Luciana Pontes


quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Garota

Garota

¨Quando você não quer sentir, a morte parece um sonho¨

Filme- Garota Interrompida, personagem Suzana


Não querer

Não querer sentir
Não entender o que se tem
Não se encaixar
No mundo externo e interno
O que tenho?
O que sinto?
Não sei...
Não sei...
Tu já se sentiu assim?
Eu?
Se eu já me senti assim?
Mas eu na maioria das vezes não quis sentir
Mas eu sinto
Me senti e me sinto assim
De repente eu me encaixo no meu mundo
Não me encaixo nesse mundo doído
Mas ele grita contigo e aí alguma hora você olha pra ele
E grita
Grita com ele
Grita
Grita o que nunca se gritou
Sente
Sente o que nunca se sentiu
Você
Grita!

Luciana Pontes

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Roleta

Roleta

A vida é uma roleta russa
Quero me separar de meu corpo mas ele está comigo
Está cheio de segredos
Como a Vênus com gavetas de Dalí
Não se sabe de nada, de nada
Uma gaveta se abre e...surpresa!
Uma gaveta se abre e...
As gavetas de Dalí
Assim é o corpo
Assim é a vida
Não sabemos de nada!
Como diz o poeta
Eu não sou nada!
Estamos aí, respirando...
Até que a próxima gaveta se abra
Ou se feche...
O que acontecerá?
Não sabemos...
A vida é uma roleta russa...

Luciana Pontes

sábado, 15 de novembro de 2008

Minas...

Minas...

Estou em Minas hoje
Muito bom sentir a brisa e ver o verde
Caminhar e caminhar
Tomar chá
Olhar as montanhas
Escrever e escrever
Sentir um pouco de Minas
Criar meu Solaris
Sobreviver
Respirar
Ouvir os passarinhos
As Maritacas
Ver o Cristo lá nas montanhas
Ter pequenas visões de bons momentos da infância
Poços de Caldas
Minas
Tem luz aqui
Estou tomando chá
Quente
Minas
É bom caminhar

Luciana Pontes

Egocídio

Egocídio

Egocídio ou suicídio?
Você morrer e renascer aqui nesse mundo
Você morrer e renascer em outro mundo
Você morrer e renascer em seu mundo
Solaris
Cada um tem seu Solaris interno e pode criar o externo
O seu mundo dentro do mundo
Sim no céu existem estrelas e sim bolhas de sabão são bonitas
Mas no mundo, temos que ver algo além de tudo isso, porque teremos provações
E quando elas chegam, não vemos as bolhas ou as estrelas...a visão é outra e difícil
Então saberemos que temos algo chamado resistência
Nascer e Morrer a todo instante para viver e resistir nesse mundo
Morrer, nascer
Nascer, morrer...

Luciana Pontes

domingo, 9 de novembro de 2008

Jogando fora...

Jogando...

Estou aqui jogando fora...
É possivel abafar o passado?
Ou deixar ele ali bem longe...
Não sei
Só sei que estou tentando
Me libertar de lembranças
Para que possa recomeçar...
Tinha tantas coisas aqui
Nessa casa, naquele quarto...
Tantas e tantas coisas
Pra que?
Pra que os bilhetes de minha mãe
Se ela não vai voltar
Por que a gente se apega assim
Não trará ela de volta
Não trará
Estou tirando caixas e mais caixas
E tudo vai para o lixo, tudo!
Tudo!

Luciana Pontes

sábado, 8 de novembro de 2008

Cortar fios...

Cortar

A Mulher mira as paredes de sua casa cinza
Paredes nunca pintadas, congeladas, tempo parado desde a morte de sua mãe
Se agarrou a imagem da mãe que não existe mais fisicamente
A mulher e seus fantasmas
Mira os girassóis empoeirados da mãe
A velha máquina de costura da avó
Mira a foto do pai
Fantasmas da casa cinza
Casa em que se teve alegrias e tristezas
Tudo desmoronou
Ela quer respirar
Recomeçar
Tudo simples agora
Ela quer silêncio
Molha o rosto com água para espantar os medos e fantasmas
Ela não é santa
Ela não é imortal
Ela não
Ela é humana
Ela sente dor e alegria
Ela sente
Vinculos dolorosos foram vinculos que não a deixam cair
Vinculos são dolorosos?
Não deveriam ser
Formar vinculo é doloroso?
Para ela é
O normal seria não ser?
Doloroso?
Não deve ter medo porque tem forças que a protegem
Solidão
Depressão, existe inferno na terra!
E se não se apegar a algo, tu morre
Morre duas vezes corpo e alma
Morte de dois mundos em um mundo
Escrever desabafa, por isso a mulher escreve
Mirror
Ela está lá se arrastando e tudo caindo e caindo
Ela está lá imobilizada na cama
Existe inferno maior?
A dor da alma
Mirror
Mas, o canto do pássaro é inevitável
O que está, já é
Passou a tormenta, e tem que ter fortaleza porque a vida está cheia delas
Mirror, mirror
Ela se olha no espelho , água em seu rosto
Olha suas mãos que ainda não estão envelhecidas
Mirror
Procura ajuda e encontra
Deus a vê, a escuta
A luz do sol entra
Ela anda lentamente
A mulher que surge
Um dia todos iremos depender dos outros
Talvez na velhice...
Nesse dia, nem enxergaremos sua face, ou ouviremos suas vozes
E eles estarão ali, ao seu lado
Veremos então que o amor é amado
Veremos o quanto somos humanos, e o quanto isso aqui é real
Aprendizado...

Luciana Pontes

A menina que se foi...

Menina

Menina das águas
Menina Ariadne
A menina se foi...
Enxergou o lado dificil e doloroso
Se foi
Se foi com as águas
A menina Ariadne
A mulher surge
A mulher Ariadne
Surge
E é doloroso
Ver a menina que se foi...
Mas ela tinha que ir
Para que ficasse a mulher
Para ter fortaleza e sobreviver no mundo
Esse mundo dificil
Se não tive fé
Se não pedir ajuda...
A menina se foi...
Quem fica?
A mulher

Luciana Pontes

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Viva Padre Pio


Viva o Padre Pio de Pietrelcina
Fé e cura!
Gracias!
Deus, Jesus, Maria, José, Padre Pio!
Paz e Bem

Viva

Viva La Vida (Tradução)
Coldplay
Composição: Chris Martin



Viva A VidaEu costumava controlar o mundo,Os oceanos aumentavam quando eu dava a palavraE agora pela manhã eu me arrasto sozinho,Me arrasto pelas ruas que eu costumava mandarEu costumava jogar os dadosSentia o medo nos olhos dos meus inimigos,Escutava como o povo deveria cantar:Agora o velho rei está morto! Vida longa ao rei!Em um minuto, eu segurava a chave,Perto das paredes sob as quais fui cercado,E eu então descobri, que meus castelos se apoiavamSobre pilares de sal, sobre pilares de areia,Eu escuto os sinos de Jerusalém tocandoOs corais da cavalaria romana cantando,Seja meu espelho minha espada e escudo,Meus missionários em um campo desconhecido,Por algum motivo eu não sei explicarUma vez que você sabe, que nunca houve,Nunca uma palavra honestaIsso foi quando eu controlava o mundo.Foi um cruel e selvagem ventoQue fechou as portas e me trancou do lado de dentroJanelas destruídas e o som de tamboresAs pessoas não podiam acreditar no que eu havia me tornadoRevolucionários esperavamPela minha cabeça numa bandeja de prata,Apenas um fantoche numa corda solitáriaOh! Quem desejaria tornar-se um rei?Eu escuto os sinos de Jerusalém tocandoOs corais da cavalaria romana cantandoSeja meu espelho minha espada e escudoMeus missionários em um campo desconhecido,Por algum motivo eu não sei explicarEu sei que São Pedro não chamará meu nomeNunca uma palavra honesta,Mas isso foi quando eu controlava o mundoEu escuto os sinos de Jerusalém tocandoOs corais da cavalaria romana cantando,Seja meu espelho minha espada e escudoMeus missionários em um campo desconhecido,Por algum motivo eu não sei explicarEu sei que São Pedro não chamará meu nomeNunca uma palavra honestaMas isso foi quando eu controlava o mundo.

E li diz, e Saulo diz...Viva la vida

domingo, 2 de novembro de 2008

Mudanças...

Outro rumo...

Outro rumo...
Outra vida...
Recomeço...
Cortando o fio
Ariadne
Vê o fio
E caminha até ele...

Luciana Pontes