Trigal...
O trigal...
A paciência de um trigal...
Minhas pernas estão doloridas agora,
Hoje foi o dia do exame, fiquei bem em fazê- lo, era necessário
Cheguei um pouco ansiosa, afinal nunca tinha feito o tal exame
Primeiro ficamos isolados , fiquei em uma sala de cadeiras amarelas
Radiotividade
Não demora e a médica chama para uma entrevista, explica que vai doer um pouco, mas é suportável
E lá fui eu, não larguei da imagem de Padre pio
Dois médicos, enquanto um aplicaria líquido radioativo no meio dos dedos do meu pé esquerdo, o outro aplicaria no pé direito, de uma vez, para não doer tanto...
E assim fizeram, uma, duas, três, quatro picadas
Fechei os olhos, pensei em Maria
A médica achou que eu tinha desmaiado, mas falei pra ela, ¨Isso não é nada pra quem faz punção na garganta desde os 18 anos!¨, ¨É ruim que eu desmaie heim¨
Feito, líquido radioativo nas pernas, meia hora de espera e lá fui eu para máquina.
Uma casinha, parecia um tubo, a gente entra naquilo, eles programam o tempo, tudo de metal não pode usar, mas não larguei a imagem do padre pio, e fiquei rezando ave maria
Um tempo ali sem se mexer
Desci da máquina, uma hora depois voltei e máquina novamente
Depois de meia hora acabou o exame.Graças a Deus
Enquanto esperava lia as palavras do frei larranãga, fala de termos a paciência de um trigal,
fala que quando achamos que nada irá sair dali, que ficará ali sem vida, a vida vem
Fiquei imaginando um trigal, o vento balançando, o sol, fiquei ali vendo- imaginando
Sim ver um trigal, observar um trigal é bom, acalma
Um trigal...
Luciana Pontes
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