sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Um trigal...


Trigal...


O trigal...

A paciência de um trigal...

Minhas pernas estão doloridas agora,

Hoje foi o dia do exame, fiquei bem em fazê- lo, era necessário

Cheguei um pouco ansiosa, afinal nunca tinha feito o tal exame

Primeiro ficamos isolados , fiquei em uma sala de cadeiras amarelas

Radiotividade

Não demora e a médica chama para uma entrevista, explica que vai doer um pouco, mas é suportável

E lá fui eu, não larguei da imagem de Padre pio

Dois médicos, enquanto um aplicaria líquido radioativo no meio dos dedos do meu pé esquerdo, o outro aplicaria no pé direito, de uma vez, para não doer tanto...

E assim fizeram, uma, duas, três, quatro picadas

Fechei os olhos, pensei em Maria

A médica achou que eu tinha desmaiado, mas falei pra ela, ¨Isso não é nada pra quem faz punção na garganta desde os 18 anos!¨, ¨É ruim que eu desmaie heim¨

Feito, líquido radioativo nas pernas, meia hora de espera e lá fui eu para máquina.

Uma casinha, parecia um tubo, a gente entra naquilo, eles programam o tempo, tudo de metal não pode usar, mas não larguei a imagem do padre pio, e fiquei rezando ave maria

Um tempo ali sem se mexer

Desci da máquina, uma hora depois voltei e máquina novamente

Depois de meia hora acabou o exame.Graças a Deus

Enquanto esperava lia as palavras do frei larranãga, fala de termos a paciência de um trigal,

fala que quando achamos que nada irá sair dali, que ficará ali sem vida, a vida vem

Fiquei imaginando um trigal, o vento balançando, o sol, fiquei ali vendo- imaginando

Sim ver um trigal, observar um trigal é bom, acalma

Um trigal...


Luciana Pontes

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